O GAMBITO DA RAINHA – XADREZ E VÍCIOS COMO NUNCA.
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A nova minissérie da Netflix “O gambito da rainha” é uma quebra barreiras, além de tratar do sexismo no xadrez, trás diversos outros temas e carrega consigo o duro dever de torna o xadrez um esporte atrativo na telinha.
Todos sabemos o quão importante é uma discussão sobre sexismo
dentro do esporte, futebol feminino é alvo direto disso, por exemplo, mas um
esporte tão sem visibilidade como xadrez fica complexo abordar esse tema e
ainda tornar atrativo, O gambito da rainha faz isso com perfeição.
A história começa em 1967, quando a protagonista Elizabeth vai enfrentar o grande mestre mundial Borgov e na hora do jogo da inicio a minissérie por assim dizer com cenas do passado da pequena Beth. Sua mãe, moradora de um trailer, perdida na vida por motivos que não são ditos diretamente e que não fazem falta na trama, ela acaba se envolvendo em um acidente de carro e morrendo, trazendo assim mais uma órfã em solo yankee.
No orfanato que o rumo da minissérie se inicia. O orfanato distribui calmantes para as crianças e assim nasce o primeiro vicio de Elizabeth, nesse lugar ela conhece Jolene, uma personagem colocada perfeitamente na série, para fazer uma alusão critica o sistema de adoção que serve até mesmo para o Brasil, além disso, ela conhece o zelador que ensina ela a jogar xadrez, mas antes temos a primeira amostra do machismo imposto no esporte, “Meninas não jogam xadrez”, mas mesmo assim ele ensina a ela, com apenas nove anos de idade, é dita como um “dom”.
A minissérie aborda o vicio em álcool, remédios e drogas psicoativas, que em Beth foi desencadeado por seus traumas passados e o peso do esporte vivido, toda trajetória dela de campeonato em campeonato, regado com álcool e librium.
Além disso tudo a minissérie consegue abordar o xadrez de uma forma inimaginável, eu nunca pensei que ficaria empolgado em assistir um torneio de xadrez em uma série, a Netflix conseguiu elabora de forma graciosa as coreografias do jogo e deixar o esporte que aparentemente é chato e nenhum pouco atrativo, dinâmico e convidativo.
Essa minissérie consegue transmitir e tratar de todos os assuntos
que se propõem a abordar. Ana Taylor-Joy merece todas as congratulações por
esse papel e a forma que ela emergiu na personagem, conseguiu transmitir com glamour
as dores e pesares da mesma, principalmente nas derrotas no tabuleiro, a série também
conta com a participação de Thomas Brodie-Sangster, sabe aquele ator que tem 30
anos e parece 16? Ele mesmo.
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